segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Música =D

"Diana, se tivesses que escolher duas bandas, quais escolhias??"

"Ah, Queen e The Beatles, claro!"

"E se pudesses escolher dois cantores, e desta vez que ainda actuem ao vivo?"

"Hum.. Michael Bublé, sem dúvida... E provavelmente Mika!"





Eu vou ver Mika e Michael Bublé no espaço de 1 semana e meia, ainda este ano!!!


Excelente!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

aaahhh....

Adoro encontrar-me de férias....


*.*

sábado, 7 de agosto de 2010

...

No último post, enquanto transcrevia a página rasgada da revista - o resto da ACTIVA ficou no Algarve - e passava aquela parte em que a personagem da estória revia mentalmente o que possuía na sua carteira e de como era perigoso andar com todos - TODOS! - os documentos...

... pensei: eu também sou assim; ando sempre com tudo! E o pior é que eu podia concorrer para os recordes do Guiness como a pessoa que perdeu mais coisas na vida! Realmente é um bocado perigoso a minha pessoa andar sempre com essas coisas todas!

E depois lembrei-me do livrinho que vinha com a Visão, que também foi comprada no Algarve - e que também lá ficou -, sobre férias e de como resolver problemas nas férias.


E esse livro dizia "tire uma fotocópia a todos os seus documentos e ande apenas com essa fotocópia na carteira."




(...)





COMO???

Como é que isto nunca me ocorreu?!


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A nossa língua



Tinha chegado há pouco à estação de metro.



Passavam alguns minutos das seis da manhã, o quiosque do café ainda fechado, e ela ali a fazer horas.



Pelo menos há uma espécie de esplanada, daquelas que a proibição de fumar em recintos fechados fez nascer em todos os recintos abertos.



Puxa uma cadeira e sabe que não tarda a chegar a menina que começa a tirar cafés logo pela manhã, mal o primeiro comboio sai da central. Já sorriem uma para a outra ao fim destes meses todos em que ela é sempre a primeira a pedir a bica. Um dia chegarão à intimidade dos nomes, por agora apenas o sorriso. Tira o livro de dentro da mala, mas nem tem tempo de o abrir porque de repente levanta os olhos e ele está na sua frente. Enorme, negro, cabelo entrançado, olhos pesados do álcool e sono, ar de quem há muito não se lava nem se deita. Olha em redor, mas não há ninguém que lhe possa acudir.



Pensa "é agora, é agora!" e já o vê a atacá-la, a roubar-lhe a mala por esticão, mentalmente passa em revista o que lá tem dentro, chaves, telemóvel, agenda - cartões, de débito, de crédito, das muitas lojas donde gasta, para lá do BI, e dos cartões de saúde, de segurança social, e de contribuinte, e da Cruz Vermelha, até o de eleitor lá anda pelo meio.



É um perigo, toda a gente lhe diz que é um perigo andar com os cartões todos, mas ela tem sempre medo de precisar de repente de um deles, melhor andar com todos.



Puxa a mala contra si, enquanto o homem lhe pede um cigarro. Vai ter de abrir a mala apara lho dar. E tem a certeza de que vai ser então que ele a vai atacar, já sente o bafo dele na sua cara, as mãos dele no seu pescoço.



Volta a olhar em volta e não passa ninguém, a menina do quiosque já devia ter chegado mas atrasou-se, e da polícia nem rasto.



Espera que ele não repare como lhe tremem as mãos a abrir a mala, a tirar o maço de tabaco - que lhe entrega, inteiro e por abrir.



O rosto dele ilumina-se num enorme sorriso:



- Obrigado - diz, cambaleando e quase caindo para cima dela.

- Obrigado pela sua amabilidade!


De repente pára (e quase cai de costas), e repete, muito devagarinho, separando bem as sílabas:



- A-ma-bi-li-da-de.



Depois franze a testa, agarra-lhe o braço "é agora, é agora!" e, muito sério, desata num discurso, sem quebras:



- É "amabilidade" que se diz? Não será antes "amavilidade"? Se a gente diz "amável", a gente devia dizer "amavilidade"! A não ser...a não ser que a palavra venha de "habilidade", ou seja, a habilidade de ser amável! A-ma-bi-li-da-de!



E durante muito tempo ele lá ficou naquelas altas filosofias matinais, ela a olhar para ele, agoniada com aquele bafo de álcool e sujidade, até que ele se afasta e ela respira fundo, ainda tem as pernas a tremer - mas de repente, ele dá meia volta e regressa, deixa então cair a mão, pesadamente, no ombro dela "é agora, agora é que é!" ela tem metro e meio e ele tem para aí o dobro, e, enquanto ela olha desesperadamente em volta, ele exclama:



- A nossa língua é muito bonita!



O quiosque abria nesse momento.



Ela pagou-lhe o café.



Aquele "nossa", pronunciado com tanta força, tanto álcool, tanta sujidade, tinha-os tornado, de repente, irmãos.




Alice Vieira, in revista ACTIVA, Agosto 2010



Não vou pedir desculpas pelo tamanho do texto, porque:


1. não escrever há tanto tempo dá-me esse direito (ou não!)

2. o texto era mesmo assim, não ia estar a cortá-lo;


3. vale a pena ler tudo, é bonito :)

Voltei... Voltei?

Ok.. ser a gerente deste blog e não fazer nada com ele deixou de ter piada...

A partir de agora vou tentar (atenção, eu disse "tentar"!!) actualizar mais vezes, com mais entradas.. Não prometo que vá conseguir, uma vez que de facto, no meu dia-a-dia, por vezes não há mesmo nada de especial para relatar.

Este objectivo começa na entrada que se seguirá!